DORME

Penumbra vermelha no quarto,

o branco da cortina parece núven

a renda suavemente estremece

ao sabor da brisa da janela.

Me viro na cama,

meu homem dorme, como se fitasse o infinito,

num ressonar de felicidade descansa.

Meu homem é mais belo assim,

sem senões, sem filosofia.

Retratando o próprio abandono,

meu homem dorme e eu o observo,

sugando esse momento só meu,

de sublime comtemplaçao,

amo-o assim em pensamento,

acaricio-o apenas com o olhar.

A posse é tão completa,

tão transcendental,

que ele acorda e como se concordasse,

sorri, e o dia amanhece.

Arabela Figueiró
Enviado por Arabela Figueiró em 11/01/2011
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