Deste poeta, o que será?
“Se teu silêncio é meu não
Faço dele o meu fado
Pra quem tem uma alma calejada
A dor da entrega repete toda certeza vivenciada
No triste espetáculo da ilusão
Não me canso de tolo ser
Tenho saudades de mim
De quando verdadeiramente eu sabia viver
De mim, agora, só me falto eu
Dentro do meu peito
O silêncio se faz fado
E nem uma alma portuguesa a olhar por mim
Um vento, uma agonia
Estando triste eu escrevo
Navego no veleiro
Ao ritmo acelerado das batidas
Uma hora eu canso
E aí meus caros,
Deste poeta, o que será?”