BITOLEI

Bitolei amigo, que barra!

no início estava perdido

todo olhava nmaravilhada,

pois tudo em volta era vida!

percebi que nada sabia

procurei vencer a insensatez

li dois livros por dia,

afastei a fantasia.

mas é barra, amigo,,

até hoje sinto falta de ar,

até hoje estou sem abrigo,

não sei se um dia terei um lar.

Cidade grande, irmão, é megera

expande o peito e machuca

lota, sufoca, exaspera,

joga sozinho na luta.

Depois de tanto saber,

de conhcer tanta gente

pergunto e não tenho resposta

porque sofre tanto o inocente?

Ainda lamento o passado,

quando ouso olhar pra traz

tudo aí tão sossegado

aqui não se dorme mais.

Corre-se tanto por nada,

que as vezes eu me espanto,

me pego desgovernada,

correndo pra nenhum canto.

Mas eu vejo tanta pressa

tanto nos jogam pra frente,

que se cai e tropeça,

está atrapalhando a corrente.

Quando dá pra pensar

sinto dor no fundo do peito,

olho de longe o mar,

sorrio satisfeito,

com este minguado salário,

com esta terrível inflação,

existe o mais desgraçado,

que vive do sangue do irmão.

Arabela Figueiró
Enviado por Arabela Figueiró em 20/01/2011
Código do texto: T2741774
Classificação de conteúdo: seguro