Perfume do coração

Querida, somente a flor do coração

Sabe exalar seu perfume

Resplandecente como um sol maravilhado.

A vida cotidianamente se faz saudade,

E a terra dos homens, sepulcro incessante.

De todas as esperanças.

Aceite que sejamos o que somos,

Inconscientes armados com o clamor da paz,

Sem extirpar os caules das plantas

Com palavras

Cortantes, ou apenas o silêncio

Sua presença calma na paisagem

Nada mais impedirá o meu sonho amplo,

Nem mesmo o escuro das incompreensões

Que habitam nossas almas.

Feche a face morta e frágil,

Torna-se invisível a carga áspera que carregamos

Dissolve-se em versos e orvalhos.

Acredite minha querida,

O mistério da vida não morre

Nós é que morremos

Antes que o pó nos acolha inertes.

Luiz Pádua
Enviado por Luiz Pádua em 23/01/2011
Reeditado em 04/11/2011
Código do texto: T2747603