A TRAJETÓRIA DA SOLIDÃO

Lá vai ela, a solidão vagando pelos caminhos
Quase sempre sem destino em busca de um coração.
Vai seguindo solitária sem bagagem ou quase nada
Buscando de certo um abrigo aonde vai se abrigar.
Ela segue de mansinho e lentamente se instala
No peito de alguém sozinho e vai se multiplicando,
Se dividindo e somando do jeito que lhe aprouver;
Sentindo-se indispensável ela chega e permanece
Às vezes se transformando até em inspiração;
Enquanto em algum peito ela se faz mal sem jeito
Faz-se constante, cativa até mesmo confidente
E assim se prolifera vai tornando-se companheira
Vivendo uma vida inteira no peito que já impera.


Brasília, 01/02/2011