ENQUANTO ESPEraVA PELA LUA



Por uma fresta na janela ela veio a mim
Despertou-me de um pesadelo
E adormeceu para sonhar comigo.
Amanheceu e ela foi embora
Nem mesmo esperou o sol, não se encontraram
E mais uma vez ela se foi sozinha.
Anoiteceu e abri minha janela
Para esperá-la novamente, porém, ela não veio
E eu permaneci ali a misturar meu pranto
Ao orvalho das estrelas que me observavam
E as minhas lágrimas tornaram-se doces.
Veio uma brisa mansa e secou-me as lágrimas
Até que Morfeu estendeu-me os braços
Que docemente conduziu-me ao sono
E como ela, a lua, eu voltei a adormecer sozinha.


Brasília, 05/02/2011