UM GRITO NA IMENSIDÃO

Que silêncio tocante!
Nesta tarde morna sem uma brisa sequer,
Um céu nublado sem perspectiva de chuva
E aqui dentro uma solidão que assusta;
Tento silenciosamente buscar nem sei o quê
Porque a imensidão do quarto é sem fim
Assim como parece não ter fim a solidão
Que vez por outra me atormenta me sufoca.
Lá fora ao menos se ouve o cantar dos pássaros
Afugentando de alguma forma esse silêncio
Que grita a pedir socorro, mas ninguém escuta
Apenas e tão somente eu, que ninguém também
Faz questão de escutar.