ANOS QUE SE VÃO


Estamos prestes a despetalar mais uma rosa
Daquelas que a vida nos presenteou.
Às vezes por alguma razão desconhecida
Muitas dessas rosas perdem cedo o viço,
Despetalam-se ao soprar de um leve vento
E outras com passar de algum tempo murcham.
Mas tantas prosseguem viçosas, lindas
E se reproduzindo, inspirando sonhos...
Representando paixões avassaladoras,
Outras simplesmente permanecem vivas
Há contar o tempo que quase sempre as esqueceu.
Dizem que fica a fragrância delas nas mãos
De quem as oferece e não de quem as recebe?
Existem tantas mãos que nunca receberam rosas
Ficaram sempre vazias delas
Ainda que as tenha semeado tantas pela vida!
Só essas são as rosas que as preserva
Simbolizando uma a uma cada ano dos anos que se vão.


Brasília, 07/02/2011