SONHA

Sonha minha alma, sonha se puderes,

tenta ver além deste corpo que te aprisiona.

Procura sua alma gêmea nos canteiros celestes,

mas sobretudo minha alma sonha!

sonha! que para isto só é preciso ser inocente,

Sonha! que para isto não é preciso pensar,

abandona tudo e sê tu somente,

canta, dança, não é proibido bailar.

percorra mundos estranhos, belos espaços,

Sorri bastante, não se proibe sorrir.

Atravessa mares, atravessa montanhas,

abraçe a neve e o calor do sol

Sê livre! Sê feliz! não se prenda!

Quando cansares das novas paisagens,

quando já visitares todas as estrelas,

incontinente e triste a esse corpo retorna!

Vê se não te perdes nas estradas distantes

e esquece aqui meu ser inanimado,

Voa minha alma, volta, esquece a liberdade

abrace novamente a casa que te acolhe.

e este corpo que descança da sua lida infinda,

acordará com olhos de embriagada,

sem saber se acordou ou se dorme ainda.

Arabela Figueiró
Enviado por Arabela Figueiró em 08/02/2011
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