DEPRESSIVA


Há algo que vez por outra teima em me visitar
Confesso sinceramente admitir receber
Porque chega de mansinho até mesmo sem avisar.
Irrita-me terrivelmente tenho que reconhecer
É a tal da depressão que vem sem ser convidada;
Quase até me leva ao chão difícil me reerguer.
Fazer da fraqueza força, ser bastante equilibrada,
Exercitar o amor próprio nunca me deixar vencer,
Olhar o mundo de frente e ser bem determinada.
Não posso me dar ao luxo que ela deseja ter
Por isso ergo a cabeça e nunca exponho as armas
Assim depois de algum tempo ela busca outro caminho
E eu sigo como sempre buscando o meu melhor
Pois não quero que percebam a carência de carinho
Que talvez seja uma aresta pra depressão ser maior.
É assim que estou agora, lutando pra não sofrer
Convidando a que vá embora sem piedade nem dó
Não é pela depressão que eu vou me deixar vencer.

Brasília, 10/02/2011