O VAZIO HUMANO

Ah, o vazio...

O que é o vazio estereotipado pelas palavras de um ser humano diante do vazio das palavras estereotipadas pela boca de uma raça que está prestes a ser extinta?

O que o suicida, em sua vã certeza, diria? e o que, em sua infinita impotência, faria?

O que o sujeito diria de si se não houvesse mais um predicado que dissesse algo sobre ele? Quanto da morte que você, um dia, desejou, não passaria agora mesmo de uma simples e instante vontade, reles ideia, se você agora soubesse que o mundo em torno de si já nem existe mais?

Você é um sonho, uma ilusão, personificação de uma espécie de insensatez ontológica, absurdo recorrente na equação da existência humana, um começo sem fim, um desfecho sem um mínimo de desenvolvimento lógico e racional.

Você existir não faz sentido algum. Acredite em mim.

O que você está querendo conseguir já existe em cada um de nós desde o nascimento. Não abrace sem braços o desconhecido; não tente se afastar dele nem agarrá-lo com suas mãos sem dedos.