MONSTROS

Há tanta coisa terrível neste mundo de meu Deus
Que até seria impossível classificar como meu
Já que é de todos nós, ou pelo menos deveria
Só que seres nem tão humanos muitas vidas abrevia.
Passar desta para outra sabemos ser natural
Mas há monstros nos caminhos que só semeiam o mal
E tantos de nós viajam para além da eternidade
De maneira tão sofrida devido a tanta maldade
Que ao chegar ao destino para onde foi transportado
Permanecem adormecidos depois de serem ajudados.
É que a maldade humana às vezes nos dilacera
São tão perversos, cruéis que mais se assemelha a feras
Muitos até nos faz crer não ter nem sido gerados
No útero de uma mulher, por nove meses esperados,
Alimentando-se do sangue daquela que os trás ao mundo
Depois de adultos transformam-se num ser abjeto, imundo,
Vazios de sentimentos sequer têm um coração
Assemelhando-se a vermes que rastejam pelo chão
Como se de do lodo e da lama tivessem sido brotados;
Seqüestram, estupram e matam esses monstros desgraçados
Nem mesmo quem os trouxe ao mundo deve lhe estender a mão.
Imaginem a sua alma do outro lado da vida a implorar por perdão!
Que o bom Deus me perdoe se eu estiver blasfemando
Porque eu sinceramente a todo e qualquer bandido prosseguirei odiando.



Brasília, 22/02/2011