PERDIDA... A DERIVA

Preciso parar de olhar espelhos,

e querer ver reflexos.

A alma não tem imagem,

e ninguém é igual.

Uma vez perdida...

nunca mais será encontrada.

Pode ser para o bem ou para o mal.

Eu amo é sólido...

e de repente a solidez da essência flui...

e chega ao vento, não encontra onde fixar...

fica perdida, a deriva.

Não falarei mais... e não esperarei...

os sons das palavras podem alterar o sentido,

ao invés de gerar felicidade,

podem trazer somente desventuras.

Eu quero paz em minha alma,

mesmo que o corpo se agite,

se angustie em procuras.

A janela aberta... fechei.

Os meus guardados... escondi.

Os olhos que fitam de longe...

não serão mais cativos... soltei...

os sentimentos... reprimi.

A gaveta aberta mostrava tudo,

até o fundo.

Tratei de fechar e coloquei cadeado.

A chave... escondi,

até de mim mesma...

para não incorrer no erro.

Não vale a pena mostrar para ninguém.

Não entendem,

não querem realmente ver...

e nada posso fazer...

a não ser eu mesma entender,

e não criar ilusões.

Você partiu...

e eu entendi que tudo acabou.

Aquele encontro de dois corações...

infelizmente ou não... ainda não sei...

nunca existiu...

e do sonho... minha alma acordou.

Revi conceitos e entendi...

a janela pode ficar aberta,

todos irão ver...

mas, quando eu for abrir a porta...

só o correto que poderá entrar e conhecer.

Ruthy Neves

Ruthy Neves
Enviado por Ruthy Neves em 15/03/2011
Reeditado em 16/03/2011
Código do texto: T2849929
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