OUTONO DO CORAÇÃO

Dizendo sim e não... chamei-o ao convívio... de uma vida só, mas não solitária.

O passado jaz sem vestígio.

O punhal da mentira cravado no peito... sangrou... esgotando pelas veias... o amor que o dilacerou.

Era só ele até então... e mediante a tantos fatos, o coração cigano...

partiu em retirada, mesmo sofrendo ano após ano.

Sem volta... o destino tinha o bilhete só de ida.

As estações mudavam e eu não queria parar.

Até as estações do ano choravam com o meu coração.

O sol não tinha o mesmo brilho, e a lua vivia escondida entre as nuvens, para não ver o quanto eu sofria.

Ele era um ausente-presente me deixando em escravidão.

Mesmo assim era preferível a partida.

Foi difícil, mas agora tudo mudou.

As mudanças estavam previstas... já se passaram várias estações.

O coração livre e libertado... olha para o alto abrindo-se para ver...

como a vida é linda e bonita.

Chega mais um outono... pintando tudo com cores vibrantes.

Cores estas que embelezam e aquecem esta estação.

Como o coração que vê diferenças, mas com esperanças de novas sensações.

Dias de chuva... meio frio... é véspera de inverno...

mas o coração está aquecido protegendo esta nova união.

Guarda-se o que traz boas lembranças, o que fere deixa a marca... e sara.

Mudando o rumo, por outro se apaixonou.

Pode até se ferir novamente... e ter novos períodos de solidão.

Porem, o sol surge todas as manhãs dando adeus à noite e levando a tristeza... libertando novamente as emoções.

RuthyNeves

Taubaté-SP

Ruthy Neves
Enviado por Ruthy Neves em 24/03/2011
Código do texto: T2867439
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