Fui por
Jorge Luiz da Silva Alves





          ...mares, ares e azares...gozando com gosto a gostosa sensação em ser sinuoso com palavras paliativas, palhaças, pautadas num esforço-de-bom-moço, vil caroço na garganta profana de quem engana e desencanta...corações. Emoções. Razões. Diapasões. Mares, ares e azares: calhamaços rasurados, rabiscados que, assinados, não garantem alforria; vida pífia de perfídia, me conformo todo dia em ser tacho, pobre escravo agrilhoado num compasso-mal-gingado, remelexo sem bom senso, só querendo aglutinar, participar, se enturmar, para a vida assim passar de convescote, num-só-trote; tendo sorte, o meu norte vou buscar até cansar, quero ganhar, aproveitar, gozar e amar, me-perder-e-me-achar, só p'rá depois, feijão-com-arroz, “encoxar baião de dois” bem na dobra destes mundos, bem profundos, “ó-garganta-beba-tudo!” e, num segundo, bem desnudo, erigir minha coragem, sacanagem, firme mastro de viagem noutros ares, te deixando em mil azares, p'rá viver por tantos mares...

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Jorge Luiz da Silva Alves
Enviado por Jorge Luiz da Silva Alves em 26/03/2011
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