Liberdade tem preço

Quis aprisionar em mim

A beleza escaldante das palavras

Mas feito um magma louco para explodir

Desencadearam sentimentos sem fim.

Quis aprisionar o amor,

Daqueles que poeticamente amam.

Triste engano... pois poetas também morrem

Aprisionados pelo amor!

Quis aprisionar o seu beijo, o seu abraço...

Foram tão rápidos que nem pude sentir o calor

Porque a natureza me alertava...

Que em breve tudo criaria novas cores...

E assim se foi: o dia tornou-se cinza,

A noite mais negra que nunca,

O sol deixou de apresentar seu tom avermelhado,

E a lua... opaca!

Quis aprisionar tudo de ti,

Porém, até as lembranças estão sendo apagadas...

Quem escolhe caminhos opostos para andar...

Não se dá ao luxo de olhar para trás.

SÔNIA SYLVA
Enviado por SÔNIA SYLVA em 27/03/2011
Reeditado em 27/03/2011
Código do texto: T2874522