Sonhos também são cinzas
Calou-se uma voz em mim...
Parou o relógio...
O outono... ainda com folhas pelo chão!
Calou-se uma inquietação em mim...
Diante da nefasta realidade,
a ilusão se foi... com o vento!
Calou-se o beijo ensaiado...
de rápido nada ficou.
Calou-se a voz do meu coração.
Calaram-se os meus olhos,
diante da partida.
Secaram-se as lágrimas.
Cinza ficou a alma...
Entristeceu meu espírito.
O colorido perdeu o sentido.
Morreram-se os sonhos,
o riso,
o vigor,
a força,
morreram! E juntos também o meu coração.