Adeus...

Estou virando a ampulheta

Guardando as antigas cartas

Esse é um novo tempo

Mais um recomeço, um novo caminhar

Voltando a estaca zero

Mirando no futuro incerto

Na certeza do caminhar desconhecido

Entre pedras e flores

Entre rosas e espinhos

Senti, e ainda sinto dores

Mas sei que não estarei sozinho

Você sabe que não foi fácil

Que se doeu em você

Doeu duplamente em mim

Lutar a sua luta

Enxugar ás tuas lagrimas

Com o pano molhado das minhas

Levando um fardo que não era somente meu

Noites e noites sozinho

Pensando no estado teu

Estarás a chorar? Estarás a sofrer?

Poderás superar? De tudo esquecer?

São tantas perguntas, tantas repostas

Todas vazias, sem sentido algum

Acho que é mesmo a hora de ir

O livro da nossa historia em todo se escreveu

Como a síntese do que morreu

Quero pensar que isso não é derrota

Não é fracasso, não!

Pois se vão as esperanças

Os carinhos, os beijos, algumas lembranças

Ficam o alivio, uma sensação de: valeu a pena!

Viver essa historia, na memória o melhor vai ficar

Espero que você me entenda

Espero que você me surpreenda

E compreenda essa minha decisão

Pois não existe historia sem fim

Nem sofrimento assim

Que nos tome por todo a vida

Enfim..., chegou à hora de virar a ampulheta

E deixar as areias caírem

Levadas pelo vento, pelo tempo

Até o dia depois de amanhã

E agora, no meu divã

Vou Escrevendo uma nova historia

Páginas de um novo livro

Traços de um novo sentimento

Então é isso! foi muito bom te conhecer!

Desde o primeiro dia

Até o presente momento...

Adeus...