Suplício de uma louca num reino distante...

Eu sou o vento que sopra o cheiro das flores

Sobre os manicômios da selva de pedra

Eu sou o folclore que assusta destemido,

Flora e fauna de Gorobixaba

Eu sou a imagem do grito do inocente

Sobra a mesa de sacrifício da magia branca

No reino de Gorobixaba.

Você não me escuta, você nem chega a lembrar

Das tristezas de outras terras

Você consegue me seguir e ouvir meu som?

Você não reflete o balanço das ondas!

São as ondas de meu país...

Eu só consigo rir do seu pranto

Que não foi, nem é, nem será...

Eu sou um piercing de ouro na orelha

De uma ruiva Gorobixabense

Eu sou o pólen da primeira flor nascida

No Éden do meu reino encantado

Sou o sangue que corre por entre as veias do vampiro

Eu sou o cheiro do poema de angústia e desilusão

Meu olho te olha, mas você não pode nem sequer me vislumbrar

Você não sabe como é viver no meu mundo

Não tenho opção, mas não vou te descartar como um dentre tantos

Pois sou mulher de força e luz, de amor e ódio ao ódio

Eu sou a última gota de álcool socorrendo um apaixonado

Nos botecos gorobixabenses

Quem não amou a sutilidade de meus versos?

Quem não sofreu com meu desespero desconexo?

Nunca pertenceu a meu reino...

E você? Pertence?...

Corte de Gorobixaba
Enviado por Corte de Gorobixaba em 11/05/2011
Código do texto: T2963696
Classificação de conteúdo: seguro