EM UMA MANHA DE OUTONO;

Era manhã de outono, como de costume acordei bem cedo como que embriagado do sono mal dormido, o corpo ainda se sentia deitado sobre aquela cama. Não havia comando, nada que dizia ao cérebro: Ei você já acordou. Cheguei ao jardim ainda sonolento, observei a suavidade do orvalho sobre lindas flores de diversas cores. Por tanto tempo fitar aquele encanto de flores, meu pensamento voou para ti, aquele momento em que só era eu e você, juntos nos amávamos. Esqueci de mim. Esqueci-me que ali estava eu. Não me dei por conta o que fazia eu, ali... Lembrei-me: é o deplorável sentimento do dia depois de sua despedida, meu lamento, minha dor. Mas levantar-me é preciso, o mundo não é mais só eu e você. A façanha de esquecer-se de mim não repetirei. E confesso que não entendo por que você se foi assim deixando-me... Em uma manhã de outono. (FCS)

Nando Poeta
Enviado por Nando Poeta em 13/05/2011
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