UMA VIAGEM PELO MONTE OLIMPO

Neste meu sonho que parecia realidade,

Enfrentei grande fúria de tempestade.

Entrei no céu... Eu quase não acredito!

Diante do Monte Olimpo eu estava!

E uma voz trovejante me chamava,

Era Zeus que me deu o seu veredicto:

Mortal! Você não é um Deus nesta paragem!

Mas, como tem boa intenção, te dou passagem...

Apareceu uma mulher, quis saber quem era.

Sou a "Deusa do casamento e da maternidade"

Esposa de Zeus, Deus do céu e da tempestade"

"O rei dos Deuses" O meu nome é Hera.

Assim, ela majestosamente se apresentou

E o seu impressionante palácio me mostrou...

Tinha as mais importantes das responsabilidades.

A união dos casais e a geração para as eternidades.

Disse que seus irmãos e filhos ali perto moravam.

Notei que em muitos montes, palácios se elevavam.

O dia já estava clareando

E dela fui me despedindo.

Pelo seu imenso jardim eu caminhava

E ao olhar as belas fontes, eu delirava.

Quando grande susto eu levei de repente...

Avistei um grande homem com um tridente.

Era o Deus dos mares, dos cavalos

E também o rei dos terremotos.

Chamava-se Posídon ou Netuno.

Convidou-me para conhecer o seu lar.

Achei o momento muito oportuno,

Pois, eu sempre adorei o mar.

Nessa ilusão, com ele fui viajar...

Na volta Netuno ficou feliz por eu gostar da natureza...

Falando em natureza, bem ali, sua Deusa morava;

Que também era Deusa da fertilidade e agricultura,

Eram muitos irmãos da linhagem real mais pura.

A cada apresentação, mais eu me impressionava.

Como as estações do ano ela também comandava;

Viajei no outono, inverno, primavera e verão.

Em poucos minutos, vivi esta intensa emoção.

Eu agradeci a Deméter ou Ceres por seu mundo ter conhecido...

Como num passe de magia, para dentro da terra entrei!

Tinha grandes labaredas de fogo, muitos mortos eu vi,

Senti-me uma alma perdida e com muito medo fiquei.

Uma medonha visão do inferno! Eu logo quis sair dali.

Uma fumaça negra emergiu e sem saber o que encontraria,

Hades o Deus dos mortos, do inferno e das riquezas da terra,

De dentro de um fosso saiu. Eu não acreditava no que via!

Era um mundo diferente, que lá toda a má vida se encerra.

Eu fiquei praticamente apavorado com o que ali acontecia.

Sem se despedir, Hades pelo mesmo lugar desapareceu...

Talvez por ser um convidado, minha alma ali não morreu.

Abriu-se uma porta ao lado e por sua irmã eu fui recebido...

Era a virgem Deusa Hestia que comanda a lareira e o lar,

Senti-me muito bem no seu palácio tão familiar.

Muito tranquila e bondosa, lá eu pude enfim descansar.

Assim que saí, ela me leva até a sua sobrinha,

Que por sinal era também a sua bela vizinha...

No templo ao lado eu me encontro com Afrodite,

A Deusa do amor, da beleza e da sexualidade.

Um desejo que sempre tive, de conhecer tal beldade.

A mais linda das Deusas que poderia existir, acredite!

Fiquei pouco tempo, mas, parecia ser uma eternidade.

Uma triste despedida, pois, com ela muito eu aprendi...

No templo de Apolo eu entrei, fiquei alucinado pela magia.

Deus da luz, da cura, da música, do arco, profecia e poesia.

Fui abençoado, esta era uma das visitas que eu mais queria,

Delirei com as lindas melodias e com tudo o que me oferecia.

Sem a força da poesia na imaginação, nada disso aconteceria.

Apolo ficou tocando a sua lira e eu fui me despedindo...

Tive uma decepção ao me encontrar com o seu irmão

Que por ser valente, era o Deus da nossa guerra temida.

Chamava-se Ares, os símbolos do javali e a lança na mão,

Viajamos por batalhas sangrentas... Em meu peito abriu-se uma ferida!

Foi mais que um desejado adeus, sem nenhuma emoção na despedida.

Atravessei uma espessa neblina para um lugar bem distante...

Num paraíso silvestre encontrei a Deusa virgem da caça e da lua.

Naquele lugar cheio de animais, o seu ensinamento era caçar,

Com o seu arco e flecha espreitava a presa, estava seminua.

Quanto à caça, eu nunca concordaria em um animalzinho matar,

Porém, por ser a Deusa da lua tentei esquecer esse seu destino.

A lua, mãe dos astros noturnos fui admirar, voltei a ser menino.

Esta Deusa era Ártemis ou Diana a irmã gêmea de Apolo.

A floresta para trás eu deixei, com um duplo sentido.

Sai com dúvidas, o coração parecia estar repartido.

Em um lindo palácio próximo, nova aventura me esperava...

Com o triste sentimento dos dois episódios que passei ali atrás,

Senti uma imensa vontade de condenar o que o ser humano faz.

Para a minha nova anfitriã relatei os fatos que eu tentaria mudar.

Ainda bem que a sua irmã Atena me fez tentar entender,

É a Deusa virgem da sabedoria, ofícios e da estratégia militar...

Atena:

- Para certas regiões o ser humano faz isso para sobreviver, se não fosse a caça como os seus filhos ele iria alimentar?

Falei:

- Isso pode ser aqui, mas, no mundo em que eu vivo, ainda hoje deixamos tal fato acontecer. Não importa que mesmo existindo um controle ambiental, não é para si, mas, para a própria existência é que se faz o mal.

Atena:

- Que criem animais para abates. Que plantem então? A fauna e a flora nunca devem morrer.

Depois dessa calorosa discussão chegamos num empasse.

Filosofei:

"Enquanto o homem não for corretamente castigado pelas leis ou a elas não obedecer, nunca haverá esperanças de um novo futuro acontecer"

Falei:

- E se toda a população mundial na guerra se exterminasse?

Atena:

- Em contraponto se isso acontecer, na terra uma nova criação Zeus não iria fazer.

Filosofei:

"Por pura arrogância do homem,

mesmo sendo o dono da sabedoria,

o mundo será destruído pela ganância

e não será salvo por nenhuma teoria"

De fininho fui saindo para outra morada...

Então eu me defrontei com Vulcano, o seu irmão artesão.

Era o ferreiro dos Deuses; Deus do fogo e da metalurgia.

A arte é bonita em sua forma, mas, tem a minha reprovação.

Forjava os raios para Zeus, porém, na guerra tinha analogia.

Ali não consegui me demorar, por tantas armas eu encontrar.

Meu modo pacífico de ser, considera a batalha uma anarquia;

Pois, nunca vi depois de uma guerra, um povo à paz encontrar.

Despedi-me daquele clima pesado para outro melhor...

Agora visito Hermes, tem asas e cobras esculpidas no seu bastão.

Ele é o mensageiro dos deuses; deus do comércio e dos ladrões.

Ladrões? Assim designado por ter roubado animais do seu irmão.

Todos foram destinados de acordo com suas habilidades e ações.

Patrono da ginástica, diplomatas, eloquência e da astronomia.

Eram outras denominações deste Deus que naquele mundo existia.

Como Hermes sai praticamente voando dali...

E como não poderia ser de forma mais sensata, feliz e atraente,

A minha despedida foi triunfal nessa extraordinária passagem

Entre os Deuses mais famosos e lindos, vivi experiência ardente.

Nas diversas paisagens que eu visitei deixei minha homenagem.

Entre todos os palácios e moradas o último Deus fui conhecer...

Era Baco, o Deus do vinho, do êxtase e das festas com canções.

Dancei, bebi, fiz amor como todos os Deuses até o amanhecer.

Desta fantástica fantasia que eu dividi com as minhas emoções,

Terei essas recordações sempre que o meu sonho permitir,

Durante todo o sono da minha vida, até eu deixar de existir...

Setedados
Enviado por Setedados em 03/06/2011
Reeditado em 15/11/2011
Código do texto: T3012750
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.