Durante o amor

Muitas teorias procuram achar a fórmula do quanto dura o amor. Por que tanta preocupação em quantificar o que é imensurável? Primeiro falou-se de sete anos, depois quatro, três, e agora nem isso. O que se prega é o ceticismo a sua existência.

Mesmo assim, num mundo onde as relações parecem mais efêmeras e etéreas, insistentes (como eu) contradizem teorias e conspirações para provar que o amor ainda é possível.

A vida em comum, busca natural de muitos casais, não é tarefa fácil, mas edifica e recompensa. Assim como a vida é.

E o que é a vida, senão vencer um dia a pós o outro?

Então? Desistir de viver? Seria um desperdício de tantas descobertas e realizações...

Independente do quanto dura, o que importa é o que se vive durante o amor.

Durar é rígido. Durante é contínuo.

Não importa tanto o quanto incide, mas o quanto repercute. Permitir-se viver o amor, e acreditar no amor, vale a pena em cada sorriso e em cada lágrima.

Não faz diferença o quanto dura. O próprio estar nesse mundo é incerto. O durante deve ser a preocupação dos amantes.