Perceptível presença
O vento dança entre arbustos...
O portão que bate...
A porta entre aberta...
A janela...
E sua cortina ao sabor do mesmo vento,
Despedem-se de um amor
Que escolheu o caminho de volta.
A ausência... o vazio.
Recordo-me da sua chegada
Maravilhosa em todos os aspectos.
De todas expectativas,
Ao impasse da partida.
Amor realmente são portas abertas,
Esquecidas por alguém que se vai,
Sem data para voltar...
Amor são ilusões que marcham
Rumo ao nada,
Que cruzam com o destino a ermo.
Amor são metáforas de toda encarnação
Do bem-querer
Que deseja querer-se bem,
Mas não vê mais a graça toda infantil de ser...
Amor é expectativa da saída, à chegada
Do abraço amigo, ao beijo enamorado.
Amor, que outra definição?
Se descrevê-lo eu pudesse
Diria que tem forma,
Que tem voz...
E olhos que me vêem.
E que me seguem por todo canto.
Olhos que choram na penumbra vazia
De seu coração tão cheio de amor.
Amor de cálculo Inexato,
Pois se fosse o contrário,
Não sofreríamos pela subtração
E os acréscimos da dor.