Absolvição

Tomara que haja perdão para os que amam tão desesperadamente,
Que sintam ódio por tanto amar.

E estes desejem a morte e se aprisionem em correntes tão fortes
Que façam-lhe fracos

Que alucinem na única certeza que este amor dá e que vira loucura,
Essa lúcida paixão.

E que extravasam na poesia essa loucura e se façam poetas,
Para gritar seus gritos e os seus murmúrios e então seja a poesia o único caminho
Para um momento de serenidade, já que vive envenenado desse amor que já é
quase sacro.

Mas que também não é lenitivo para suas feridas de amor que não saram jamais.

Então eu serei absolvida dessa triste pena.

Cristhina Rangel.
Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 04/07/2011
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