Valeu!

Quer saber? Valeu sim meu engano!
Afinal geraram frases e versos, ruins, claro, mas geraram.
Poderia não ter causado coisa alguma, mas ocorreu em mim alguma constatação.
Em relação ao que constatei, valeu nada, poderia passar muito bem sem constatar.
No entanto o inconclusivo acabou sendo concluído.
Uma doída certeza de subgênero que persiste, uma antiquada má formação que insiste em se reproduzir, num alheamento ao desperdício de espaço ocupado.
Existe o gênero e o subgênero que coexistem por um tempo. São antagônicos, portanto acabam num aborrecimento mútuo.
Agradecendo sempre aos avisos do desequilíbrio evidente e fatal, não pude e nem quis me furtar ao desprazer de abençoar mediocridades.
Talvez, quem sabe não saiba que ungi a minha penúria num ato beatificador.
Não fugi da curiosidade noturna pelo porto, de desvendar o desconhecido cais.
No final, seja nas asas de anjos ou na realidade de vermes, eles adquirirão um saber, um conhecimento inútil e pior; muito provavelmente uma cansativa constatação desinteressante.
Mas então o fato já nem será meu e eles que façam desta tolice repetitiva o que quiserem, já que minha participação naquilo tudo foi plena, foi até o esgotamento.
Quer saber? Já tenho rido da cara de anjos e de carrancas de vermes só de pensar no que isto irá lhes causar. Valeu sim meu engano! Desopilante; está aí um bom por que e satisfatoriamente justificável.