VIVER!

Viver!

Como dói à vida!

Como me sinto pequenina!

Às adversidades são infinitas.

Tenho em mim amor aflito

Que nasceu comigo e morre

Sem achar abrigo.

Como posso falar de amor

Se vivo sem vontade de viver?

Se morro cada dia ao alvorecer?

Alma afogando o desconsolo de ser.

Perco-me no engano de mim mesma,

Vejo minhas ausências no anoitecer,

Olho sem ver o que me faz sofrer.

Sou o inverso do que me crês,

A alegria sem ser, um naufrágio

No azul profundo do meu viver,

Fome, desejo de mudar, aprender

A voar, bastar-me, pensar amar

Desfraldar nova realidade, repaginar.

Ser a gaivota sobre o mar, lutar

Sem me entregar, enfrentar o

Perigo do vazio e amar sem

Medo de me apaixonar.

Márcia Rocha

26/07/2011

MarciaRocha
Enviado por MarciaRocha em 27/07/2011
Código do texto: T3121182
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