Ode da loucura

Nasci de um fruto proibido,

Mas não sou uma tentação,

Eu sou o atentado ser da solidão.

Eu ando pelas ruas,

Aquelas que nunca passei,

Ando pelas vidas, mesmo parada,

Condenarei.

Sou a infinita alteração das mentes propícias.

Quem sou eu?

Eu sou a crença que você mais teme,

O ar que você segura para não inalar,

A fome mais cruel que há...

O pensamento oculto do ser...

Fui forte!

Ganhei a batalha

E agora estou aqui a te atazanar,

Mexendo-me de um lado para o outro,

Sem o tempo parar.

Movimentos compulsivos, repetitivos,

Mais além...

Estou a imaginar

Um mundo de fantasias,

E o melhor, eu vivo lá.

Mas, ninguém vai me pegar.

Minhas cambalhotas eu vou dar...

Te mutilar de vagarinho é o que eu pretendo aprontar.

Brincar com o que é seu, sem com o que se importar!

Vem, deixe-me devorar-te,

Fazer teu sangue escorrer pela minha boca,

Arrebentar cada parte.

Venha que eu estou morrendo de vontade de fazer teu sangue escorrer.

Escorrer igual a arte,

Enquanto dançamos a dança da morte,

No salão de perpétuas brancas,

Sem ninguém dizer que não pode.

A vontade me move,

Movimento bruscos aliás,

Olhe para a frente,

Porque jamais voltaras

Um transe mortal me consome e isso me torna real,

Uma insensatez me devora, algo um tanto canibal

você vai fazer o que eu digo ,sem o que temer.

Você sou eu

E eu sou você,

A loucura nos pertence

Então vamos fazer acontecer.