Ao meu pai: Azul.

Perco-me no azul –

água, céu, montanhas...

guardo forte lembrança nas minhas entranhas:

os teus olhos azuis mergulhando nos meus.

Um dia, me vi refletida neles...

líquidos olhares eram os nossos.

Então, juntando nossas mãos, renovamos laços.

Estavas mudo, como quando me puseste no mundo,

mas não havia mais nada a dizer...

Desde tenra idade, me ensinaste a entender

a eloqüente linguagem do teu olhar.

Assim, pela vida afora,

nós dois precisamos de poucas, pouquíssimas palavras...

No lago dos teus olhos azuis,

me vi refletida por segundos...

então, partiste!

E eu... tenho a vida inteira

pra recordar-te!

Anita D Cambuim
Enviado por Anita D Cambuim em 13/08/2011
Código do texto: T3157510
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