OUTRORA
Tais pensamento inebriam.
Melam os dedos , toda a mão,
Lhe escorrem até o umbigo.
Volta sua infância, em belas lembranças
Na escada da cozinha,
Mastiga um taco de doce
Rapadura, Pé de moleque, batida de amendoim
Também se lembra do avental surrado
Pano na cabeça e uma perfeita rodilha
Apruma o pote nas alturas
Vai buscar água na bica,
Depois ou antes de envergar o feixe de lenha
Madeira boa de queima
Nunca o pau bosta,
De preferência o “sapexe”
Ou galhos secos de murici
Eita viagem no tempo..........
Podia até ser difícil
Mas a liberdade estava “presa” ali.
A meninice no campo
Brincadeira de pique
Cuidar das galinhas, patos, gansos
Conviver com todos os bichos por aí.
Ah! Roer pequi, “xupar” manga
Catar araticum no serrado e
Hum! Espreitar o moço e a moiçola
Se banhando, no córrego
escondidos do povo
Sussuravam amor e conspiração de amantes
Mas tudo era simples, tudo era puro
Que impere a vida, essa doce alegria!