Ciclos

Abro os braços e aperto o novo que vem com pressa.

Ao que se fecha, solto pela mão, bem devagar, agradecendo por toda emoção, gota a gota, vivida.

Entre lágrimas e sorrisos, o equilíbrio e as marcas no rosto que o tempo traz.

Mas, hoje, os ventos me sopram paz. Muito mais...

Talvez eu sinta saudade das angústias. Inspiravam-me poemas tristes e bem lidos.

Do que se vai, se vai ao tempo que se deve.

E eu continuo a dever um futuro colorido.

Vou colhendo as cores neste jardim de setembro.

Semeando amores, cultivando raízes.

Vou pintando em meu rosto, pouco a pouco, as marcas que o tempo faz entre amores e dores.

E com uma pitada de Sol, brilho um sorriso de quem é feliz por viver.

Mais um setembro. Mais uma primavera. E outro ciclo se faz.

Procedo... com fé, de pé e entre as flores.