7 DE SETEMBRO

Minha terra, meu lar, meu país

Ainda que muitos já te rejeitaram

Ainda que muitos ainda o façam

Envergonhando-te com miséria e corrupção

Sei que tu és grande e amado

Tuas terras são imensas

Dimensões colossais

Suas águas são límpidas e em abundância

Suas matas berço da fauna e flora

Bem como abrigas gente única em amor e alegria

Então por que te desprezam e te denigrem?

Com atos de desonra, com violência e desvios sem fim

Então por que te desamparam bem como a tua gente?

Atos de uma corja que impressiona pelo vestuário e belo discurso

Mas não te rendes e te refazes, doravante persiste triunfante

És meu país, nosso Brasil

Terra hospitaleira que abriga muitos de vários lugares

Terra que abriga diversidades culturais e “pensamentais”

É lugar onde florestas de arranha-céus estão cada vez mais presentes

Bem como o futebol, samba, cachaça, um pouco menos evidentes

Sua transformação é dinâmica e intensa

E hoje não mais como naquelas descrições idealistas de “Iracema” ou “O Guarani”,

Talvez um pouco próximas de “O Cortiço”, “Macunaíma”, ou das pinturas de nosso festejado Portinari,

Mas as mudanças são visíveis e difíceis, e não somente no clima

A bossa que hoje entoamos é menos cadenciada e às vezes mais complexa que as melodias repletas de dissonantes

Talvez mais próxima do jazz, mas a bossa é nosso ritmo, tem nossa cor, sabor e suingue brasileiro

Com intelectuais, com pseudo heróis, e celebridades que nascem e morrem da noite para o dia

O fato é que somos paradoxo e ainda possuímos o famoso abismo que separa os mais e menos vulneráveis

Mas nossa gente segue alegre, motivada com pão, circo e benefícios sociais

Mas, mesmo assim, amo-te e na única vez que te deixei senti algo que só havia lido: o patriotismo utópico dos “filmes de guerra e canções de amor”

Parabéns Brasil por mais um 7 de setembro, parabéns e desejo-te mais educação, retidão, consideração com os nossos pobres, doentes, carentes e estudantes

Mas ainda que mas, porém, contudo e outras conjunções adversativas, amo-te e orgulho-me de ser minha “pátria amada salve, salve”

Londrina, 7 de setembro de 2011

Fabrício S Lima
Enviado por Fabrício S Lima em 07/09/2011
Reeditado em 02/01/2017
Código do texto: T3205710
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