A bela dama da morte

Lembro de seus olhos quietos,

presos em algo que eu não podia ver

Lembro de suas mãos unidas,

pousadas sobre as pernas de criança

Lembro de seu sorriso incerto,

dançando entre os lábios finos

Lembro de suas palavras tolas,

balbuciadas como prece em meu ouvido

Lembro da palidez de sua beleza

Lembro da frieza de seu toque

Lembro da tristeza que me inspirava

Lembro, enfim, da bela dama da morte

Sofia Garden
Enviado por Sofia Garden em 17/12/2006
Código do texto: T321039