INVERNO: CINZAS E CARVÕES!
Alegro-me em dizer: é findo este inverno!!
Coitada de tal estação que de só mencioná-la
arrepia em mim esta alma de poeta.
De malas prontas já está e seus estragos a fazer;
De minha janela seus sinais com pesar os posso ver.
Labaredas de fogo insaciável destroem o que era pastos verdejantes que por ela se transformara em secura e feiura;
e de forma tão voraz jaz em cinzas e carvões.
Eis que ouço deste canto o choro canto a crepitar;
são as árvores que deste que é seu dia;
tenta o fogo resistir...
Os pássaros com seus ninhos a proteger,
Desventura-se sem proteção um novo rumo a correr.
Eu aqui entristecido sem poder nada fazer;
Aguardo com anseio minha adorável estação
Tudo novo se fará com as primeiras chuvas a cair,
A natureza deste inverno de cinzas e carvões
eu desejo ver renascer.(FCS)
Escrito no dia 21 de setembro (dia da árvore), um incêndio florestal devastava(e ainda devasta)aréa de pastagens e o pouco de mata em nossa pequena cidade)