A procura

O que faço do instante

se não quero reconhecer-me.

Tá doendo ser quem sou.

Choro compulsivamente.

Há mil demônios dentro de mim.

Aaaaaaaaah...

o que eu faço agora?

Me perco como uma pintura, que desmancha no quadro.

Sou cor de outras cores sem ser.

A sombra que passa e desaparece.

Uma flor sem primavera.

Eu não suporto a dor

e sinto vontade de guerrear.

Quebrar todas as taças

de uma glória sem causa.

Sinto o sangue percorrer o corpo como uma tempestade,

meus olhos em fúria.

A ira dos deuses é minha.

A espada que corta a alma.

Tenho o poder de decompor a matéria

e olhar para o nada.

Só assim posso me olhar do avesso

e talvez me compreender,

que sou isso e nada mais.

Só por te
Enviado por Só por te em 22/09/2011
Código do texto: T3234665
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