Tudo que é bom Pode Ser Melhor

TUDO O QUE É BOM... PODE SER MELHOR...

Roberto Carlos já dizia, em outras palavras, que tudo o que é bom “é ilegal, imoral, ou engorda...”

Andei pensando que já inventaram, pelo mundo afora, locais para tudo, até mesmo para o que é ilegal, imoral, ou engorda.

Assim sendo, temos: os motéis para usufruto dos prazeres do sexo, com ou sem amor...Fumódromos... Zona franca para usuários de drogas... Sambódromo, etc.

Sem cogitar em avaliar os aspectos éticos envolvidos nestas questões, desejo reivindicar a criação do abraçódromo, onde fosse possível, a quem tem, expressar a sua ternura, seu carinho, com um mínimo de privacidade necessária aquilo que não precisa ser ato público, já que até para o sexo extra conjugal (assim como para o sexo entre parceiros socialmente aceitos), existem locais apropriados...

É notória a pressão social, conseqüência da internalização de um “estado coletivo de hipocrisia”, que nos impele a reprimir gestos genuínos de amor, que não ferem nenhum princípio moral, não estão impregnados de nenhuma conotação sexual, não transgridem nenhum princípio constitucional, ou as leis naturais inscritas na consciência humana, e que apesar disso, pode causar algum constrangimento...

Imagine, assim como Lenon fez:

-Um mundo diferente, onde todo dia é dia de comunicar e receber amor...

-Onde as pessoas que se amam podem andar abraçadas sem medo...

-Onde não importa se somos homens ou mulheres, mas apenas o sentimento puro de confiança e respeito recíprocos...

-Onde o amor pode ser expresso, se não fere as leis divinas e humanas...

-Onde se pode apreciar as flores do caminho na companhia dos filhos, do cônjuge ou do amigo, sem importar sexo, raça ou estado civil...

Onde o que importa é o bem genuíno que a gente deseja e sente...

E nesse mundo os braços em abraços seriam dados, a unir os que se amam em fluídicos laços, contagiando os outros que não se abraçam tanto, a um estado de alegria e paz...

E se pudéssemos ver o efeito desses abraços completos - porque de corpo e alma repletos - veríamos a festa de cores lindas que se fazem em volta deles (os que se abraçam), laços leves de seda, delicados e suaves ao contato, veríamos chuva de pétalas a se desmaterializar em derredor e a doce atmosfera impregnada de deliciosos aromas... E dos beijos de anjo que se dessem, é como se desprendesse música diáfana, brisa perfumada, a dizer aos ventos que ali mora, no coração e no pensamento, a essência de Deus, anunciando aos homens um tempo novo de felicidade e paz!

...E quem vivesse saberia, que não se troca um amor assim, por qualquer beijo, ou por carícias, ou sexo de que se farta o corpo e deixa a alma órfã, que começa e acaba na cama, a menos que fosse possível, encontrar essa essência indescritível de amor, personificada num só homem ou mulher, que ao mesmo tempo é pai/mãe, irmão, filho, amor, amigo, inspiração, calmaria e abrigo...

E enquanto caminhar a humanidade sem uma divina fé em si e no potencial criador do Amor, que sequer se sabe capaz, e enquanto não souber que trás a força da vida no amor que construiu para si e no amor que der, caminhará trôpega, cega e sem rumo, a buscar no que é imediato e efêmero, o sentido da vida, o Amor Supremo, do qual todos somos filhos!...

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 22/12/2006
Código do texto: T325563