EU EXISTO



Esmaecida, quase imperceptível, incógnita...
Quase nada, mas mesmo assim existo.
Insondável, até invisível às vezes,
Mesmo assim, existo.
Eu sei de mim como ninguém,
Penso, sonho, sofro, choro...
Então, eu também existo ainda que
Possivelmente, num mundo muito meu,
Às vezes até impenetrável, eu sei,
Mas estou aqui, sinto fome, sede, saudade,
Cuido dos que necessitam de cuidados,
Amo até aos que me ignoram,
Portanto, Eu existo.
Alguém poderia dizer o contrário?
É talvez... Mas isso, ainda que me machucasse,
Não iria me ferir por muito tempo
E enquanto esse imenso amor, por mim, existir,
Eu me cuidarei, para que outro, não o supere.
Por tudo isto, EU EXISTO

Brasília, 04/10/2011