Aquela Voz...

AQUELA VOZ...

O silêncio e a ausência: sinfonia desconcertante, que não se sabe bela, mas parece eterna...

O tempo da palavra que está presa na garganta, não passa e grita tanta falta...

Falta do som bom daquela voz que toca as cordas da harpa da alma...

Só aquele som alegra, conforta e acalma, simplesmente ao dizer palavras tão comuns, tão simples e iguais...

Mas a sinfonia do silêncio dói e nada seria tão bom quanto ouvir o som daquela voz...

... E toda a dor atroz se aplacaria, porque o universo também reverenciaria o som daquela voz...

Quem sou eu, poeira do universo, para descrever em prosa ou verso essa doce harmonia...

Mais parece o harpejo de um anjo, que sente a súplica silente, de um mortal no orbe terrestre...

E usando um fio condutor, para se fazer mais humano, e não constranger a pobre criatura, diz alô, lá do céu, e aqui na terra rompe-se o véu, da ausência e do silêncio, que se afastam em reverência, ao poder encantador daquela voz...

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 26/12/2006
Código do texto: T328026