MINHA SEGUNDA PELE

 

 
 
Essa pele de que me revisto
me acolhe,

me encolhe
em minha insistência em ser feliz.

Essa pele que me reveste,
de poesia e de paixão,

para gritar os amores ocultos
e dar vazão

a minha destemperança,
é o fundo em branco e preto
que depura

os meus sentimentos
e me torna mais sensível,

aproximando-me (quase) do paraíso.
É o fio condutor de minhas emoções.
É o grito solto da garganta.
A liberdade da palavra sufocada.
O desassombro de meus fantasmas.
É o sol, o sal, o sabor e o prazer de ser.


 
(Milla Pereira)



Inspirado no (sempre) belíssimo texto
“Quando nossa segunda pele é poesia”
da (não menos bela) amada
Rosa Pena