Quando não sei o que fazer

Em nada me atrevo para ser entendido.

Falo pouco... Sendo mais imperativo... Murmuro!

Deixo que o silêncio perceba seu barulho.

Não me comovo...

e nem chego a ofender uma imóvel parede.

Tomo café,

enquanto da janela...

Costumeiramente

observo à fundo o quintal de uma casa.

Lá um cachorro branco e preto...

à procura de seus brinquedos (próximos a um pé de cactos ).

Uma lavanderia

e perto dela...

uma cadeira de pernas já escangalhadas pelo tempo.

Sinto-me ferido.

Chego a ter sangrentos embates de ideias,

aludidos neste auto-retrato.

Não sei... é bem verdade,

Não suponho qual o fim deste labirinto.

Pedra a pedra,

vou juntando alguma lucidez.

Ando... e a cada passo me firmo.

Acompanhado da amizade,

daquelas que não se amedrontam frente a espinhos.

E de muito amor...

do qual sou acrescido de uma felicidade transcendental;

Prossigo.

Não por boniteza,

mas por precisão

( como diria a poetisa ).

Sem saber o que praticar,

Vejo que me refiz em convicções “de pernas já escangalhadas”,

embora,

mais conscientes de seu rumo.

Cheio de vida,

tenho vontade em descobrir a cura de meu soluço.

Acho que por isso escrevo,

Quando não sei o que fazer.

Poema publucado também na página pessoal do autor Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.blogspot.com

Thiago Azevedo
Enviado por Thiago Azevedo em 04/11/2011
Reeditado em 09/01/2012
Código do texto: T3317058
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