Eu não minto

Amo-te...

Amo-te como o sol do meio dia,

Que abraça a terra no fulgor

Do teu desejo mais ardente.

Amo-te...

Feito um mar que se adentra a terra,

Contornando vales e montanhas.

Formando lagos e vencendo as barreiras naturais.

Amo-te...

Semelhante a um remanso calmo e caudaloso

Que salta para a morte ao fim de uma planície,

Fustigando nossos olhos em mil cores.

Amo-te...

Majestosamente como as correntezas,

Que desesperadas abraçam os sopés das serras

A procura novamente do mar.

Amo-te,

Porque esta procura é sagrada,

Porque toda água que se deságua no oceano

Procura a inevitável felicidade dentro de ti.

Amo-te... Sim, amo-te...

E não há explicações óbvias para tal sentimento,

Como não há explicações para que os rios procurem o mar

E reverencie toda esta entrega, todo este amor.

SÔNIA SYLVA
Enviado por SÔNIA SYLVA em 06/11/2011
Código do texto: T3320004