Eu não minto
Amo-te...
Amo-te como o sol do meio dia,
Que abraça a terra no fulgor
Do teu desejo mais ardente.
Amo-te...
Feito um mar que se adentra a terra,
Contornando vales e montanhas.
Formando lagos e vencendo as barreiras naturais.
Amo-te...
Semelhante a um remanso calmo e caudaloso
Que salta para a morte ao fim de uma planície,
Fustigando nossos olhos em mil cores.
Amo-te...
Majestosamente como as correntezas,
Que desesperadas abraçam os sopés das serras
A procura novamente do mar.
Amo-te,
Porque esta procura é sagrada,
Porque toda água que se deságua no oceano
Procura a inevitável felicidade dentro de ti.
Amo-te... Sim, amo-te...
E não há explicações óbvias para tal sentimento,
Como não há explicações para que os rios procurem o mar
E reverencie toda esta entrega, todo este amor.