À margem do RioTejo - Portugal

De teu leito

Oh Tejo, está a história

Que se encontra imortalizada

Nas profundezas de tuas águas.

Somente elas são testemunhas

De tuas origens; e o que tu representas.

Certo é de que, para Mouros, Gregos e Troianos

Tu foste porta de chega à nova Terra.

A banhar teus irmãos

Sob o fio sangrento das espadas.

Mas para teus sonhadores de hoje,

Estar a tua encosta, sob as frondosas árvores,

É imaginar uma rota de partida,

E tentar conhecer o mundo, outras vidas, outros amores.

Já dizia “Alberto Caeiro”:

“_ Pelo Tejo vai-se para o Mundo,

Para além do Tejo há a América

E a fortuna daqueles que a encontram...”

Tejo, tu foste passaporte de saída

Para a conquista de minha amada América.

Talvez isso explique,

O meu fascínio por tuas ondas.

Tremulando igual bandeira de meu País,

Erguida no topo do mastro e dizendo:

“_Eu sou a Nova Terra que te abraça”.

SÔNIA SYLVA
Enviado por SÔNIA SYLVA em 12/11/2011
Reeditado em 12/11/2011
Código do texto: T3331590