À margem do RioTejo - Portugal
De teu leito
Oh Tejo, está a história
Que se encontra imortalizada
Nas profundezas de tuas águas.
Somente elas são testemunhas
De tuas origens; e o que tu representas.
Certo é de que, para Mouros, Gregos e Troianos
Tu foste porta de chega à nova Terra.
A banhar teus irmãos
Sob o fio sangrento das espadas.
Mas para teus sonhadores de hoje,
Estar a tua encosta, sob as frondosas árvores,
É imaginar uma rota de partida,
E tentar conhecer o mundo, outras vidas, outros amores.
Já dizia “Alberto Caeiro”:
“_ Pelo Tejo vai-se para o Mundo,
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram...”
Tejo, tu foste passaporte de saída
Para a conquista de minha amada América.
Talvez isso explique,
O meu fascínio por tuas ondas.
Tremulando igual bandeira de meu País,
Erguida no topo do mastro e dizendo:
“_Eu sou a Nova Terra que te abraça”.