Poetizando angústias

* Há nesse instante corações serenos que recebem sua primeira batida, enquanto outros são impunemente privados da vida. Há ao meu ao meu redor um sorriso ideal, enquanto outros exibem sua faceta superficial.

* O tudo e o nada junto, o tumulto e a risada num só conjunto. Eu me desintegro ao ver crianças famintas, eu me exaspero ao ver a bondade extinta. A correria no metrô, a doença do avô, a mãe que é agredida e mais mendigos aclamando por comida.

* O destrato com a floresta, o cenário inconsistente, o pouco tempo que nos resta pelo descaso com o meio ambiente. Pense verde e seja sustentável, pura propaganda, o pensar ainda é rentável, é o único que comanda. As mentiras que vamos engolindo e o governo que segue sorrindo.

* Saber que sou pequeno e reduzido, que nada posso fazer... Que desapegado poderia ter vivido... Tão distraído quanto você. Machuca esse pensar, mas não faço dele meu inimigo. É pouca coisa ao comparar que me importo com quem não se importa comigo.

* São homens que agem com indiferença, o passo apressado... Sinto insuficiência... Como se fosse o culpado. Como o fardo que cada um carrega, e quando esse peso vem a gente aguenta, não se entrega. Talvez sejam preocupações que não me pertencem, talvez sejam constatações que outros não entendem.

* As questões atropelam o meu refletir, mas tudo isso é pequeno, o mundo continuará a fluir... Em um novo coração sereno.

Priscila Silvério
Enviado por Priscila Silvério em 15/11/2011
Código do texto: T3337860
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.