SENTINDO A VIDA

Gotas cristalinas do orvalho caíam sobre a grama, como lágrimas, mas não de dor, lágrimas saltitantes de alegria, por um novo dia que abria no horizonte...

Um horizonte de um azul magnífico, com seus tons sobrepostos, que pareciam desenhar caminhos...

Caminhos de sonhos para entregar a imaginação e se deleitar em fantasias, imaginar...

O corpo, envolto em uma manta, deixa-se cair na grama, ainda úmida, e os olhos se encantam com a plenitude do azul do céu.

Como em um passe de mágica, desliga-se da realidade e começa a trilhar pelos caminhos dos sonhos. Um sorriso revela que a mente está solta, entregue àquele momento.

Os raios do sol, ainda tímidos, despontam e completam o cenário com um brilho que reluz vida.

O corpo foi tomado pelas sensações que aquele momento exalava. As fantasias e os desejos, ainda não alcançados, não têm mais espaço.

A mente recua, para, e absorve os aromas da terra, o calor do sol, o resquício úmido e gélido do orvalho e os sons que emanam da natureza.

Cigarras, abelhas, pássaros, besouros, joaninhas, esquilos e formigas, com o seu cantar, com o seu vai e vem, suas cores e formas, brindam a chegada de um novo dia.

Não era preciso sonhar.... Era possível vivenciar um sonho.

Entregou-se!

 

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Marcela Re Ribeiro
Enviado por Marcela Re Ribeiro em 18/11/2011
Reeditado em 03/03/2020
Código do texto: T3342995
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