O ritual das manhãs manhosas
Saudades de teus versos
Pendurados em teu céu
Do sentimento que nasce como manhã
Sem compromisso com o sol
Atado num laço de cetim nublado...
Saudades de tuas palavras que se transformam
Em imagens recatadas,
Como o beijo da borboleta na linda flor azul...
Ou do pouso do beija-flor em câmera lenta
Nos hibiscos vermelhos.
Os olhos, agora, estão úmidos
Como os olhos da coruja noturna.
Nas colinas verdejantes
Um pedaço da primavera
Foi roubada. Há evidências dessa falta.
Canta a sabiá laranjeira,
No romper da manhã...
Louvando o cheiro suave da madrugada
De relva molhada.
Embriagando minha mente e coração.