PANGEA II_ Da divergência


PANGEA II_ Da divergência



E se para viver no imenso deserto que se transformou o mundo 
era preciso encontrar um oásis capaz de matar todas as sedes,
cedo definiu-se o alimento como vida e a terra como meta.
Na interminável caravana pelas areias escaldantes,em total solidão,
era a terra prometida a unica esperança de salvação.
Havia alimento para todos,assim como terra e agua...Porem emergindo no homem a necessidade de dominação,a ambição,a divergência e a agressividade,surgiu tambem a falta,alem da 
necessidade de liderar e obedecer,
matar e morrer,agrupar e separar,amar e odiar,aceitar e divergir.
Para aplacar todas as fomes do existir(inclusive a fome de amor)
já nos primórdios percebeu-se que era a força física que definiria
quem dominaria o caos e quem seria engolido por ele.
A ancestral mandala era feita pela força de Eros, 
banhada pelo sumo das paixões sob a musica do amor
mas, para que continuasse a produzir frutos e flores 
era preciso nutrir a terra e irriga-la e, sobretudo dominar
a pulsão de subjulgar , odiar e demais instintos inatos
para coexistir no círculo,apesar da força de Tanatos.

Marcia Tigani_2011

 
 
 
MARCIA TIGANI
Enviado por MARCIA TIGANI em 26/11/2011
Reeditado em 30/05/2012
Código do texto: T3358100