QUEM NÃO PRECISA DE UM ABRAÇO?...

Conta-se que Chico Xavier trabalhava no escritório da Fazenda Modelo quando, certo dia, ao datilografar um trabalho para seu chefe, de repente começou a passar mal. Algo esquisito se passava com ele, uma tonteira inexplicável que o fazia tremer, apertar o coração e até dava falta de ar...

Depois de concluir, a duras penas, a datilografia, pediu licença e saiu.

Todavia, no caminho o mal-estar ficava mais intenso, e na suposição que iria morrer, Chico pediu socorro ao seu Guia Emmanuel que lhe aparece e afirma:

— Anda, insista mais um pouco, por que, mais adiante na curva do caminho receberá o socorro.

Entrementes, a angústia continuava. Aflição intensa... Chico pensava que nunca chegaria à sua casa.

Repetiu o pedido ao seu querido Guia e, novamente Emmanuel diz-lhe que se esforçasse mais um pouco, procurasse manter a calma, esperasse um tanto mais, pois, a alguns metros adiante estava o remédio.

Chico com esforço inaudito, caindo e levantando, a muito custo conseguiu, finalmente, chegar na curva do caminho já na entrada da cidade de Pedro Leopoldo.

Vem na direção dele, certa mulher, uma simples lavadeira, trazendo na cabeça uma bacia de roupa.

Ao ver o querido médium, alegra-se, fica numa euforia só e se aproxima de maneira carinhosa, lhe dá um demorado abraço, e diz:

— Meu querido, o abraço é para devolver o bem que você me fez ontem. Deu-me remédio para o corpo e para a alma no passe, nos importantes conselhos.

Chico percebeu, de pronto, que seu sofrimento desaparecera. Não sentia nada mais. Estava muito bem outra vez.

No fraterno abraço daquela senhora, inundada de gratidão pelo bem que dele recebera no dia anterior.

O poder do Amor, a Luz da gratidão espantara a sombra.

Na prática do Bem, reside nossa defesa, o lenitivo para todas nossas mazelas.

Mas, se algum dia estiveres se sentindo mal, precisando encontrar alguém na curva do caminho para te dar um abraço... Tente se aguentar até lá...