Suspiro

Perguntastes-me pelas rosas da minha vida. Respondi que estavam a crescer em mim. E tu que dizes serem elas do mundo. O mundo é um preto-e-branco, e não suspira. O mundo sem as minhas rosas não passa de uma falta de rosas. Ou a falta desses carinhos que tanto importam e fazem suspirar. Com crueldade, perguntastes-me então se eu sabia de um amor. Um amor, respondi, eu conheço bem: não o tenho, ele costuma chover por aí - nos meus caminhos enegrecidos...

Por aí, assim do mesmo jeito que eu me molho, as vezes, com meus sentimentos, no caminho de volta pra casa.