Ápice da tristeza
Choro. Questiono. Desaprovo. Pego enfim a caneta e faço das lágrimas, letras.
Tremendo, abafo o choro e trancafio a dor. Não posso contê-los, não posso não omiti-los. Minha cabeça gira, dói, aguçando ainda mais meus sentidos.
Pessoas, sombras, rodeiam-me, chamando por mim. Mas não posso atendê-las, encontro-me num labirinto sistematizado para jamais retroceder. O medo assola-me. Notoriamente, não sei o que fazer. Não há nada nítido nesse obscuro cenário.
Lá vêm os devaneios, traiçoeiros, junto a um farol que me aponta as sentenças. Foragida, o despisto, mas logo sou novamente submetida ao cativeiro. Pelos espinhos atravesso, buscando um escape. Minhas roupas rasgadas e minha pele lascada são vestígios de tudo que fora em vão.
Revivo cada instante desse súbito desalento, com a intenção de desvendar meus erros e refazer o percurso quantas vezes for preciso, e enquanto em viver.