Xeiques em Xeque
I
Como pedras perfiladas em queda num efeito de dominó
Nações do velho continente recolhem suas tralhas
Que há tão pouco tempo atrás
Vestiam coroas e atendiam por majestades
II
Sangues bons em alvoroço fogem para o novo mundo
A procura de quem sabe da nova identidade universal
Aquela que põe em xeque o xeique
Acostumado a centralização de poder
E abre portas para posse compartilhada
Do comando, da propriedade e das idéias
III
É certo que muitos abastados emigrarão para os Bric's
Edificarão empreendimentos, galgarão postos de destaque
No comércio, na industria, na política e na economia
Porque o grande deus desta Terra tem nome: Poder
IV
E o Poder se travesti agora em real, rublo, rupia, yuan
Mas não se enganem, estão disfarçados de dólares, euros...
Pois são elas, as moedas que dão as cartas
Passam de mão em mão e certamente passarão
Pelas suas mãos ao custo de sua submissão.