Descobrindo outros amores
É estranho o quanto de folhas secas há no chão.
Um passo,
um folha se desfaz,
nasce um som.
Ruídos gracejam brincadeiras à parte.
O espaço cheio de nada é...talvez...ou...nunca foi,
isso é lindo,
só há o que há.
Uma música vazia com palavras tortas.
Risos incompreensíveis,
um corpo a bailar.
Girando... girando e girando,
até perder os pensamentos.
Ta´tudo... rodando... rodando, sinto que vou... já cai.
Sorriu leve junto com o vento
a acariciar meu rosto,
rolo sobre a terra que sabe me amar,
estou sujo da minha própria essência.
Essencialmente renascendo.
Cores de cores se fazem mistérios,
vejo seres inimagináveis.
O Deus sol me aquece e senta-se ao meu lado.
Me conta seu caso com a Lua,
fala da poética de outros amores.
Amores que nem sei que me amam
e eu os amo também.
A Lua sorri toda majestosa e diz:
- Que história é essa de confabular com o Deus Sol e eu onde fico nisso?
A resposta me veio como um relâmpago.
- Aqui em meu coração.
- Ah menino aprendeu direitinho com o Deus Sol
a ganhar o coração alheio. Me disse infinitamente feliz.
- É... pois é, só sei que é assim. Disse sem pensar, satisfeito com a resposta.
A lua me olhou desconfiada.
Como assim?
Lhe respondi sem exitar.
- Acho que estou descobrindo outros amores
ou será outros amores que estão me descobrindo?
Ah sei lá.