Descobrindo outros amores

É estranho o quanto de folhas secas há no chão.

Um passo,

um folha se desfaz,

nasce um som.

Ruídos gracejam brincadeiras à parte.

O espaço cheio de nada é...talvez...ou...nunca foi,

isso é lindo,

só há o que há.

Uma música vazia com palavras tortas.

Risos incompreensíveis,

um corpo a bailar.

Girando... girando e girando,

até perder os pensamentos.

Ta´tudo... rodando... rodando, sinto que vou... já cai.

Sorriu leve junto com o vento

a acariciar meu rosto,

rolo sobre a terra que sabe me amar,

estou sujo da minha própria essência.

Essencialmente renascendo.

Cores de cores se fazem mistérios,

vejo seres inimagináveis.

O Deus sol me aquece e senta-se ao meu lado.

Me conta seu caso com a Lua,

fala da poética de outros amores.

Amores que nem sei que me amam

e eu os amo também.

A Lua sorri toda majestosa e diz:

- Que história é essa de confabular com o Deus Sol e eu onde fico nisso?

A resposta me veio como um relâmpago.

- Aqui em meu coração.

- Ah menino aprendeu direitinho com o Deus Sol

a ganhar o coração alheio. Me disse infinitamente feliz.

- É... pois é, só sei que é assim. Disse sem pensar, satisfeito com a resposta.

A lua me olhou desconfiada.

Como assim?

Lhe respondi sem exitar.

- Acho que estou descobrindo outros amores

ou será outros amores que estão me descobrindo?

Ah sei lá.

Só por te
Enviado por Só por te em 28/12/2011
Reeditado em 27/07/2014
Código do texto: T3410305
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.